Como identificar o potencial de aprendizagem de um estudante público-alvo da Educação Especial?

Sabemos que ainda é um desafio para os professores realizar avaliações e mediações que ampliem as condições de aprendizagem dos estudantes público-alvo da educação especial, visando desenvolver as potencialidades individuais e garantir uma educação de qualidade. As avaliações clínicas baseadas apenas em resultados padronizados e medição do coeficiente intelectual (QI) oferecem pouca informação sobre as intervenções necessárias para o processo de aprendizagem. Este artigo propõe uma Experiência de Aprendizagem Mediada (EAM) para identificar o potencial de aprendizagem de um estudante com Síndrome de Williams Beuren, por meio de uma avaliação assistida, que permitiu observar os caminhos utilizados por ele para realizar a tarefa, as funções cognitivas que foram acionadas e as que precisavam ser estimuladas.
O que é avaliação assistida?
A avaliação assistida é uma estratégia de intervenção composta por três fases: pré-teste, mediação e pós-teste. O nível de desenvolvimento real do estudante é identificado no pré-teste e o nível de desenvolvimento potencial é estimulado na fase de mediação, indicando a sua capacidade de desempenhar tarefas com ajuda de um mediador.
O modelo de avaliação assistida permite identificar 19 operações mentais que o cérebro é capaz de realizar: Identificação; Comparação; Análise; Síntese; Classificação; Codificação; Decodificação; Projeção das Relações Virtuais; Diferenciação; Representação Mental; Transformação Mental; Raciocínio Divergente; Raciocínio Hipotético; Raciocínio Transitivo; Raciocínio Analógico; Raciocínio Progressivo; Raciocínio Lógico; Raciocínio Silogístico; Raciocínio Inferencial.
Além de trazer informações importantes sobre o nível de desenvolvimento real e o nível de desenvolvimento potencial do estudante, a avaliação assistida auxilia na elaboração de atividades adequadas ao seu nível cognitivo.